Alguns drinks históricos bem que poderiam ter nascido para a cachaça. Ficariam até melhor com a seleção de destilados de cana que fizemos. Descubra quais são e dê a sua opinião.
A coqueteleira aportou no Brasil em meados de 1920 e 1930, período em que muitos dos clássicos da história dos bares já haviam sido criados nas grandes capitais dos Estados Unidos e da Europa.
Independente da história da criação do coquetel, nos desafiamos a imaginar quais seriam os 5 clássicos da coquetelaria que ficariam ainda melhor, com algum destilado nacional da nossa escolha.
Agora é com você! Qual drink você acredita que fica ainda melhor com cachaça?
Moscow Mule
O drink, criado em 1941 nos Estados Unidos, leva vodka, ginger ale e limão. Mas claramente a vodka é um coadjuvante alcoólico apenas. Falta sabor nessa receita? Provavelmente sim. Por isso, a riqueza da cana vem pra trazer notas de especiarias e compor essa variação, melhorando ainda o authentic.
60 ml de cachaça Zuluzera Amburana
180 ml ginger ale
10 ml de suco de limão
E uma caneca de cobre (ou até em um copo longo) com cubos de gelo, adicione a a cachaça e o limão e mexa levemente. Por fim, acrescente o refrigerante de gengibre, mexa novamente e sirva com uma rodela de limão.
Sobre a sugestão da cachaça:
É uma cachaça perfumada, tem o frescor vibrante da cana-de-açúcar, traz notas de flores amarelas e castanhas cruas. Com passagem por amburana, ainda entrega notas sutis de especiarias, típicas da madeira. Tem um perfil mais seco. É elegante e harmoniosa. Seu last é longo e rico de sabor.
Manhattan
Considerado o primeiro cocktail moderno da história, a primeira menção dele knowledge de 1882 em um jornal de Nova York. Já a primeira receita em livro knowledge de 1884, no The Fashionable Bartender’s Information de O.H. Byron. É um clássico com um século e meio de história, mas que ao receber um twist de uma madeira como a grápia, pode te abrir novos horizontes para a combinação.
60 ml cachaça Princesa Isabel Mãe Santa
30 ml vermute tinto
3 lances de Angostura bitter aromático
zest de laranja
Em um mixing glass com cubos de gelo coloque todos os ingredientes e mexa bem até gelar a bebida. Passe para uma taça coupe previamente gelada e finalize com um zest de laranja. Se quiser, espete uma cereja maraschino e sirva.
Sobre a escolha da cachaça:
A capixaba Princesa Isabel acaba de lançar a Mãe Santa, uma surpreendente assinatura da marca em barril de grápia. Visualmente, coloração cobre intensa. No nariz, é possível notar um toque de canela, especiarias e banana cozida. No paladar, o equilíbrio sutil do amargor característico, da potência aromática, do dulçor e da picância.
Soiled Martini
O rei dos coquetéis, o Dry Martini, tem um irmão bastardo na família e que você deveria experimentar. A adição da água da azeitona traz uma nota salgada e untuosa que surpreende os fâs do Dry Martini. A versão com cachaça brança e com jatobá acrescenta uma camada deliciosa de sabor.
30 ml de cachaça Colombina 3 anos
30 ml de cachaça Colombina Cristal
15 ml de vermute seco
15 ml de água de azeitona
Em um mixing glass com cubos de gelo, coloque todos os ingredientes e mexa por aprox. 15 segundos para gelar bem. Passe para uma taça martini previamente gelada e finalize com 2 azeitonas verdes espetadas.
Sobre a escolha da cachaça:
Um corte de duas cachaças, uma branca, Envelhecida 3 anos em barrís de jatobá, é levemente amarelada, mescla aromas adocicados e frutados, com a cana-de-açúcar evidente. No paladar, um característico amargor suave, sabor levemente doce, trazendo notas salgadas, e um pouco de umami. Boa sensação picante, retrogosto agradável e moderado.
Previous Common
Um dos pilares da coquetelaria mundial, o drink remonta aos hábitos de 1800 e é uma adaptação de um Whisky Cocktail. Com o bourbon (ou rye) whiskey na base, tem as notas de baunilha, caramelo e especiarias como pilar de sabor importante.
60 ml cachaça Mineiriana Carvalho
10 ml de xarope de açúcar
3 dashes de Angostura
Adicione o açúcar e o bitter ao fundo de um copo baixo e misture para integrar. Adicione gelo, e whiskey e misture novamente por 15 segundos. Finalize com um twist laranja bahia e sirva sem canudo.
Sobre a escolha da cachaça:
A Mineiriana Carvalho é produzida através do envelhecimento por três anos em barris de carvalho europeu e americano, com 40% de GA. Complexa, traz aromas de baunilha, castanhas e especiaria que evoluem ao longo da dose.
Previous Pal
Encontrado na edição de 1922 do Harry’s ABC of Cocktails, é facilmente servido com vermute tinto, porém ele passa a ser muito related a um Boulevardier. A escolha caso você preferir pode ser feita, mas a versão authentic leva vermute seco.
45 ml de cachaça Sapucaia Florida Amendoim
30 ml de bitter italiano
30 ml de vermute seco
Em um mixing glass com cubos de gelo, coloque todos os ingredientes e mexa por 10 segundos. Coe para uma taça coupé gelada e finalize com um zest de limão siciliano.
Sobre a escolha da cachaça:
A madeira de amendoim ainda não é tão comum nas prateleiras, e a Destilaria Sapucaia traz um exemplar de confiança. Sua madeira produz poucas alterações na cachaça, oferecendo uma textura mais suave. Com menor acidez e teor alcoólico, confere uma cor amarela sutil.